Em entrevista à Rádio Jornal, vice-presidente do Secovi-PE fala sobre mercado de locação
@Secovi-PE - 13/02/2025

Quem acompanha o mercado de locação de imóveis residenciais tem percebido a permanência do Recife entre as capitais mais caras, de acordo com algumas pesquisas nacionais. Para o vice-presidente do Secovi-PE, Luciano Novaes, alguns fatores combinados têm contribuído para a contínua elevação dos preços de aluguel na capital pernambucana. Na quinta-feira, 13, Novaes concedeu entrevista ao vivo sobre o tema, para a Rádio Jornal, no programa Balanço de Notícias, apresentado pelo jornalista Ciro Bezerra.
A reportagem da rádio havia abordado anteriormente matéria veiculada no Jornal do Commercio, intitulada “Aluguel no Recife sobe acima da média do Brasil e só fica atrás da cidade de São Paulo”, que teve como fonte o Índice FipZAP. Segundo a pesquisa nacional, o preço médio do aluguel no país, para janeiro, foi de R$ 46,94 por metro quadrado. Já Recife cravou um preço médio de R$ 56,06/m², ficando atrás apenas da cidade de São Paulo (R$ 58,49/m²).
Em conversa com Ciro Bezerra, Luciano Novaes, comentou que, de fato, os preços dos aluguéis subiram nesse último ano. “A gente vem percebendo um incremento nos preços de aluguéis hoje nas carteiras de administração das empresas. Quando um imóvel desocupa, via de regra ele volta para o mercado em torno de 15% a 20% mais caro do que estava alugado”, relatou. De acordo com ele, a situação se deve a alta da procura e a dificuldade das construtoras de produzir novos imóveis.
“Nos últimos 10 anos, nós vivemos aquele período de crise de 2013 até 2015, quando terminou resultando no impeachment da presidente Dilma Rousseff, e depois quando começa o governo Bolsonaro veio a crise da pandemia”, lembra. “Então, nesse período as construtoras meio que não lançaram seus novos prédios, e a gente sente hoje uma falta desses lançamentos”, aponta o vice-presidente do Secovi-PE.
Luciano Novaes reforçou ainda a grande procura por imóveis, que muitas vezes esbarra na taxa de juros alta. “As pessoas pensam mais de uma vez em comprar o imóvel e fica naquela dúvida se vai assumir um aluguel mais caro ou assumir um financiamento, deixando o aluguel para trás. E a resposta vai depender do momento de vida de cada pessoa”, ponderou ele.
Como forma de conter essa escalada dos preços dos aluguéis residenciais, Novaes opinou no sentido do governo ter um olhar mais voltado para o estímulo da construção de novas unidades. “Os grandes centros urbanos já sofrem naturalmente pela questão da mobilidade. Recife, por exemplo, é uma cidade muito adensada. Então as pessoas querem morar naqueles bairros mais estruturados, perto do colégio, perto da escola dos meninos, do supermercado, de onde trabalha. Esses bairros aqui em Recife mais tradicionais, como em qualquer grande cidade, têm uma procura maior por unidades. Isso faz com que eles tenham um incremento de aumento de preço.
Outro problema apontado por Luciano foi o comprometimento de renda dos potenciais inquilinos, dificultando a aprovação dos cadastros. “Hoje, de cada dez cadastros que chegam na imobiliária para locação, estão sendo rejeitados sete. Uma coisa que eu nunca vi em 40 anos de atividade nesse setor”, lamenta.
Ainda na avaliação do vice-presidente, os valores de locação no Recife vão continuar subindo acima da inflação este ano, mas não tanto quanto em 2024. A entrevista completa pode ser conferida no site do Secovi-PE.
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